quinta-feira, 17 de março de 2011

TROCOU DE COMBUSTÍVEL, O CARRO NÃO PEGOU?

Não sei como acontece com carros de ricos (assim, digamos, 1.6, 1.8, 2.0, etc.), mas, com carro de pobre, ou seja, 1.0, acontece muito. O feliz comprador confia no total flex inscrito no carro e resolve trocar o álcool pela gasolina, ou vice-versa. Guarda o carro na garagem e, na próxima partida: nada; o carro está afogadinho.
Não está no manual, nem na conversa de vendedor nenhum, mas não é assim no ôba-ôba que você pode escolher o combustível do seu carro. Existe um ritual que me foi revelado pelo rapaz do guincho (já que o cidadão descobre isso geralmente ainda na garantia).
Primeiro, você tem que esperar chegar na reserva. Não pode tentar o meio-a-meio, nem próximo disso. O álcool chegou na reserva, você já pode tentar a gasolina; ou claro, vice-versa.
Segundo, você tem que rodar, no mínimo, 12 quilômetros antes de desligar. É isso mesmo! Portanto, atenção: não tente a troca de combustível a menos de 12 quilômetros de casa. Isto, explica o rapaz do guincho, porque você tem que dar tempo ao sensor para ele se alfabetizar no novo combustível. Só após os tais 12 quilômetros, ele consegue "ler" o novo combustível.
Esse mesmo problema de leitura exige a primeira medida do ritual: se está meio-a-meio, o sensor não consegue "ler" quais são suas intenções, e, em consequência, não "autoriza" a entrada do novo combustível.
É bem isso mesmo. Agora compreendo porque uma garçonete teve tanta dificuldade em "ler" meus desejos em Nice, quando eu usei com ela um "mix" de inglês, francês e italiano.

quarta-feira, 16 de março de 2011

QUEM SABE?

Eu não só sei que nada sei,
como sei que cada vez sei menos ainda.
Nada mal, sei mais que o velho Sócrates.

segunda-feira, 14 de março de 2011

IMORALIDADES

Todo mundo vive dizendo que nossos políticos são imorais.
Todo mundo sabe, também, que são nossos políticos que fazem nossas leis.
Então, nossas leis são imorais também, já que são feitas por políticos imorais?
E, se nossas leis são imorais, e nós nos submetemos a elas, impomos, portanto, aos nossos conterrâneos leis imorais, então, somos imorais também?
E, sendo, assim, nós, como legítimos imorais, elegemos políticos imorais, que fazem leis imorais, nas quais deleitamos nossa imoralidade.