terça-feira, 20 de dezembro de 2011

MELHORIAS NO DESIGN INTELIGENTE

Mark Twain teve a idéia; F. Scott Fitzgerald escreveu o conto; e David Finch mais Eric Roth fizeram o instigante e belo filme "O Curioso Caso de Benjamin Button". Mas, muito antes do filme, nosso insuperável Chico Anísio contou em cinco minutos, na TV, a história do sujeito que nasce velho e morre bebê. E agregando valor: apresentou-a como uma correção à obra de Deus. Agora eu, humildemente, envio ao nosso caro Pai Amado e Bom uma nova proposta de aperfeiçoamento do seu design do universo. Junto a obra Dele Próprio e a imaginação dos artistas. Na minha proposta as pessoas nascem como sempre nasceram -- recém-nascidas --, passam pelas travessuras da infância, pelas crises da adolescência, pelas loucuras da juventude, pelas realizações e decepções da maturidade e chegam à colheita da velhice. Porém, no momento da morte, quando está à beira da exaustão o mecanismo de divisão e multiplicação celular, eis que o metabolismo se inverte, e o sujeito começa a rejuvenescer a exemplo do Benjamin Button. E a justificativa científica para isso poderia ser tão facilmente encontrável quanto o foi para o próprio Finch "modernizar" a obra descaracterizando o picaresco do Fitzgerald. Minha proposta tornaria o universo muito mais bonito e interessante, pois nos daria a todos uma segunda chance, quando, refazendo o caminho de volta, poderíamos ir corrigindo os erros, mudando as escolhas, aproveitando as oportunidades perdidas, e... isso mesmo que você está pensando sobre transar com quem não transou na ida. Claro que haveria sempre os pequenos problemas não negligenciados pelos escritores citados, principalmente o fato de que a memória começaria a se comportar de maneira diferente quando o sujeito retornasse ali abaixo dos vinte. Mas, seria sempre uma perda de memória que o remeteria à inocência, nunca à rabugisse.

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