segunda-feira, 27 de agosto de 2012

INDIVIDUALIDADES

Se alguma coisa a vida me ensinou é que, em relação aos seres humanos não devemos nos iludir com nenhuma uniformidade. Em qualquer grupo desses que se costumam separar as pessoas (os magros ou gordos; os brancos, negros ou outra tez; os comunistas ou outros istas; os religiosos ou ateus; os deste ou doutro gênero, etc.), teremos sempre um grupo heterogêneo, pois a diversidade é consequência da individualidade, e esta é um caráter inalienável do ser humano. Assim, mesmo unidos por uma idéia, particularidade ou comportamento, teremos no grupo sempre os mais liberais e os mais conservadores, os mais discretos e os mais escrachados, os simpáticos e os antipáticos, os gentis e os grossos, os humildes e os arrogantes, enfim, uma diferença na igualdade que nos torna outros em necessidade permanente de associação. Em relação à própria particularidade que nos una, teremos uns mais engajados que outros, os que a consideram autóctone ou alóctone, os que a tenham congênita ou adquirida, os que a achem feia ou bonita, certa ou errada e, ainda, os que a possuem toda ou em parte...

quinta-feira, 16 de agosto de 2012

O STF AO VIVO.

O que mais me impressiona em julgamentos de repercussão, como este do Mensalão, é a transparência da nossa Suprema Corte. Os homens estão lá, acertando, errando, se retratando, sendo julgados pela população do país, como se fossem "réus por profissão". É bem isto: hoje em dia, com a exposição na mídia, o juiz julga enquanto é julgado pela opinião pública. Ele julga alguém que eventualmente, por ter sido acusado de algo, torna-se réu; porém, ele próprio, fica exposto permanentemente como um "réu sem acusação", apenas pela profissão que adotou. É bem verdade que em tempos passados o juiz também era julgado pelas suas decisões; mas, o era pela crônica, ou mesmo pela história, enfim, com a batata já esfriada, a emoção acalmada. Hoje, ao menos no Supremo, ele enfrenta ao vivo e em cores, durante o momento mesmo de sua manifestação, as atenções críticas de doutos e simples. Será que existe dentre os países do mundo alguma outra Corte Suprema que age desta forma? É, podemos nos orgulhar de nosso STF. Se essa instituição comete seus erros, uma vez que seres humanos a integram, ela, porém, reinicia diariamente seus trabalhos amparada por uma grande acerto: a transparência.

terça-feira, 7 de agosto de 2012

MINISTROS JOAQUIM BARBOSA E GILMAR MENDES DORMEM DURANTE DISCURSOS DA DEFESA

Deu na mídia. Não lhes parece que eles já têm a condenação no bolso, por isso podem relaxar e dormir durante a exposição da defesa? Este julgamento me lembra o "Processo da Revolução", filme francês que trata de outro, o do Danton e amigos. No filme, Danton chega a ficar afônico de tanto falar, e faz um brilhante e contundente discurso, que nada adianta porque já estava condenado politicamente pelo todo poderoso Robespierre. Hoje, Robespierre é a grande imprensa. Se a repetição da história for fiel, nossa grande imprensa se candidata ao mesmo fim de Robespierre. E o povo que, com medo da liberdade, luta nas ruas para que lhes tirem o direito de votar em quem o queiram e passem a promotores e juízes a incumbência de "protegê-los" por uma tal de "lei da ficha limpa", aplaude o circo. Valha-nos Deus!