domingo, 12 de dezembro de 2010

INVESTIGADORES

O que faz com que a polícia e o ministério público invistam tempo, dinheiro e tutano em teses acusatórias que não resistem nem à logica, nem aos fatos? Principalmente nos esforços para entronizar um mandante do crime próximo às vítimas: empacam como burros velhos, juntando os cacos da tese continuamente espatifada. Que desejos mórbidos de que famílias se trucidem os movem? Na literatura policial inglesa o primeiro suspeito era o mordomo. Na realidade tupiniquim é o marido, a esposa, o filho ou a filha. Que obviedade muar!
Mas eu sei o que é. Participei muito de comissões de sindicância, sei como as pessoas ficam. É o equivalente a uma dor de corno; uma fobia de serem enganados, de serem feitos de bobos pelo suspeito; medo de que ele se ria da sua inteligência. Daí, tendem a ver evidências em ilusões, e alimentam uma certeza paranóica sobre a perpetração do delito. Principalmente se os seus cérebros minados por conflitos edipianos ou amenos distúrbios neurológicos estranham certas respostas do infeliz interrogado.

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