Dias atrás foram o Cesar Peluso e o Joaquim Barbosa lavando roupa suja na janela.
Agora, é o Gilmar Mendes destemperado, agindo como fera acuada (para um interlocutor -- ou espectador, que é a única posição permitida a nós cidadãos nesta ré-pública -- inteligente não há nada menos convincente do que o exagero num bom argumento). Quem não deve não age desse jeito.
Concordo com a opinião do meu deputado na Gazeta do Povo:
[Mesmo ressalvando que não baterá boca com Mendes, o deputado André Vargas (PR), secretário de Comunicação do PT, achou “estranha” a versão do magistrado sobre o encontro. “Por que Lula iria falar com um ministro que foi indicado pelo PSDB e não com os oito que ele indicou?”, questionou. “E por que Mendes só divulgou essa conversa um mês depois, às vésperas do depoimento de Demóstenes Torres no Conselho de Ética?”]
Acrescente-se a estas dúvidas mais algumas.
Por que a manifestação tardia do ministro saiu na Veja, revista que só não está atolada até o pescoço na lama do Cachoeira porque revista não tem pescoço?
E por que a grande imprensa repercute tanto as falas do ministro, se as outras duas pessoas que estavam com ele na sala desmentem o que ele diz?
Mais, e o laudo do perito Mauro Nadvorny concluindo que o ministro mentiu em sua desequilibrada entrevista supostamente denunciativa, por que foi abandonado na versão escrita da Folha?
E depois, para um ministro da mais alta corte do país, chamar de bandidos investigadores que o flagraram nu, atirar contra um país que mantém laços diplomáticos e comerciais com o Brasil, como é a Venezuela, não estaria a demonstrar uma destas três coisas, senão todas: um desprezo muito grande pelas instituições que o sustentam, uma intenção golpista, ou um sofrimento mental que está a solicitar ajuda profissional?
Enfim, com esse judiciário nós, indefesos cidadãos, estamos, como dizia o Chico Anísio, nas mãos de Deus... e Ele treme!
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