Não sei como acontece com carros de ricos (assim, digamos, 1.6, 1.8, 2.0, etc.), mas, com carro de pobre, ou seja, 1.0, acontece muito. O feliz comprador confia no total flex inscrito no carro e resolve trocar o álcool pela gasolina, ou vice-versa. Guarda o carro na garagem e, na próxima partida: nada; o carro está afogadinho.
Não está no manual, nem na conversa de vendedor nenhum, mas não é assim no ôba-ôba que você pode escolher o combustível do seu carro. Existe um ritual que me foi revelado pelo rapaz do guincho (já que o cidadão descobre isso geralmente ainda na garantia).
Primeiro, você tem que esperar chegar na reserva. Não pode tentar o meio-a-meio, nem próximo disso. O álcool chegou na reserva, você já pode tentar a gasolina; ou claro, vice-versa.
Segundo, você tem que rodar, no mínimo, 12 quilômetros antes de desligar. É isso mesmo! Portanto, atenção: não tente a troca de combustível a menos de 12 quilômetros de casa. Isto, explica o rapaz do guincho, porque você tem que dar tempo ao sensor para ele se alfabetizar no novo combustível. Só após os tais 12 quilômetros, ele consegue "ler" o novo combustível.
Esse mesmo problema de leitura exige a primeira medida do ritual: se está meio-a-meio, o sensor não consegue "ler" quais são suas intenções, e, em consequência, não "autoriza" a entrada do novo combustível.
É bem isso mesmo. Agora compreendo porque uma garçonete teve tanta dificuldade em "ler" meus desejos em Nice, quando eu usei com ela um "mix" de inglês, francês e italiano.
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