Veja o que saiu na imprensa hoje:
"A Coordenação da Organização das Nações Unidas (ONU) no Brasil divulgou nota técnica em que defende a Teoria de Resposta ao Item (TRI) como uma metodologia que permite a elaboração de provas diferentes para o mesmo exame, que podem ser aplicadas em qualquer período do ano, para grupos diferentes, com o mesmo grau de dificuldade".
E mais:
"Na nota, a ONU diz que a TRI tem 'amplo respaldo na literatura científica internacional' e é utilizada em um 'conjunto importante de avaliações conduzidas por organismos internacionais'. A Organização cita como exemplos o Programme for International Student Assessment (Pisa), realizado pela Organização para a Cooperação e o Desenvolvimento Econômico (OCDE), e o Literacy Assessment and Monitoring (Lamp), iniciativa do Instituto de Estatística da Unesco".
E finaliza:
"Vale ressaltar ainda que a metodologia da TRI prioriza o uso de habilidades reflexivas e analíticas em detrimento à memorização de conteúdos, o que representa um avanço importante em relação a outros modelos de avaliação".
Mas, não adianta, nosso aiatolá de plantão é teimoso como uma mula (sem ofensas, apenas uma analogia com o temperamento desse valioso animal de carga):
"Para o procurador da República no Ceará Oscar Costa Filho, que moveu ações pedindo a suspensão e a anulação do Enem, o MEC quer transportar o princípio da TRI - de permitir provas comparáveis ao longo do tempo - para usá-lo na elaboração de um concurso público, ferindo a isonomia entre os candidatos. 'Relativizar o resultado de um vestibular é gravíssimo e atenta contra os direitos humanos', afirma".
Além de se insurgir contra a ciência e o desenvolvimento tecnológico atestados internacionalmente -- tal como o faziam os inquisidores com Galileu --, o cára se arroga uma realeza maior que o próprio rei: entende mais de direitos humanos que a ONU, organização que tem tais direitos como sua razão de ser.
Sempre me pareceu que, do jeito que está, o MP lembra bem a inquisição, metendo-se na vida de de todo mundo, com a desculpa de "fiscalizar as leis".
Mas, otários somos nós que pagamos um altíssimo salário para o rapaz.
Por isso, repito, "diretas já, prá promotor e juiz!"
Se o meu barbeiro fosse eleito promotor, não faria uma lambança dessa.
Agora, e o ministério da educação? Tá esperando o quê? O promotor recorrer e suspender de novo? Se o gabarito iria inicialmente ser divulgado na terça, não era para estar pronto? Então, por que a demora?
Parece que precisamos de "diretas já!" também para os ministérios do executivo...
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