segunda-feira, 2 de maio de 2011

A HUMANIZAÇÃO DA GUERRA?

A Al Qaeda adota uma estratégia de guerra que os países abandonaram desde 1945. Lembremos que até então, e durante mesmo este último grande conflito mundial, aceitava-se como válido o bombardeio das cidades, das populações civis. Veja-se a destruição das cidades alemãs, e as bombas atômicas nas cidades japonesas. O objetivo era claro: lançar a opinião pública dos países atacados contra seus próprios governos, ou, ao menos, levá-la a exigir a paz, uma vez que era a população, e não o príncipe, quem estava pagando a maior parcela da conta. Dessa forma, minavam-se os esforços de guerra do inimigo.
Com a criação da ONU e dos tribunais internacionais, o Estados passaram a conter-se nessa estratégia. Já os terroristas, por não serem Estados, por se insurgirem contra toda a ordem internacional, sentem-se livres para herdarem a tática. Por isso os alvos mais recentes da Al Qaeda não são propriamente instalações militares ou edifícios de Estados. São as populações civis. Se num passado recente atacaram embaixadas e porta-aviões, neste século, apenas prédios civis, como as Torres Gêmas, e estações de trem e metrô. E, tudo indica que seguirão nesse caminho. O ataque às populações civis, com aquelas aberrações chamadas homens-bomba, dissemina o mêdo e a insegurança, aumentando a decepção e a desconfiança do cidadão em relação ao Estado.

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